sexta-feira, 27 de março de 2009

Circuncisão previne herpes e HPV!

Uma pesquisa realizada por cientistas em Uganda e pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, sugere que a circuncisão pode ajudar a evitar um número maior de doenças sexualmente transmissíveis do que se acreditava antes.
O estudo, publicado na revista especializada New England Journal of Medicine, constatou que homens circuncidados têm menos risco de contrair herpes genital ou de serem infectados pelo papilomavírus humano, conhecido como HPV, que pode causar câncer do colo do útero em mulheres e verrugas nos órgãos genitais nos dois sexos.
Já é sabido que a circuncisão reduz drasticamente o risco de infecção pelo vírus HIV.
A pesquisa dos cientistas em Uganda envolveu cerca de 3,5 mil homens e monitorou suas atividades sexuais durante um período de até dois anos.
Os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins descobriram que a circuncisão reduziu o risco de herpes em 25% e diminuiu em um terço o risco de contrair o papilomavírus humano.
"Estes novos dados devem levar a uma grande reavaliação do papel da circuncisão masculina não apenas na prevenção do vírus HIV, mas também na prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis", afirmaram Matthew Golden e Judith Wasserheit, da Universidade de Washington, no artigo publicado.
Pesquisas anteriores concluíram que a circuncisão também diminui o risco de infecção pelo HIV, o que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a incluir o procedimento no seu pacote de recomendações para prevenção e combate à aids no mundo.
Os números de circuncisões realizadas nos Estados Unidos estão em queda, principalmente entre as populações hispânica e negra, grupos com as mais altas taxas de infecção por HIV, herpes e câncer do colo do útero.
Mas os pesquisadores esperam que os números apresentados no estudo levem a mudança da forma como os serviços de saúde aconselham pacientes e pais na questão da circuncisão.
"Todos os que cuidam da saúde de mulheres grávidas e bebês têm a responsabilidade de garantir que mães e pais saibam que a circuncisão poderá ajudar a proteger seus filhos das três doenças sexualmente transmissíveis mais comuns e mais graves, que atualmente não podem ser curadas", disse Wasserheit.
O câncer do colo do útero é a segunda causa mais comum de morte causada por câncer entre mulheres do mundo todo. Ainda não se sabe a razão de o prepúcio - a pele ao redor do pênis que é removida na operação de circuncisão - aumentar o risco de infecção por vários vírus.
Mas, pesquisas sugeriram que a umidade no pênis torna o homem mais vulnerável a vírus como o HIV, criando pequenas feridas por onde o vírus pode entrar.
No entanto, Colm O'Mahony, especialista em saúde sexual do Hospital Countess of Chester Foundation Trust, em Chester, Grã-Bretanha, afirma que apresentar a circuncisão como uma solução envia a mensagem errada à população.
"Sugere que mulheres infectam homens inocentes, portanto devemos proteger os homens inocentes. E permite que homens que não querem mudar seu comportamento irresponsável continuem tendo várias parceiras sem nem mesmo usar um preservativo", afirmou.
Keith Alcorn, do serviço de informações britânico sobre HIV NAM, também encara a circuncisão com ceticismo.
"Temos que ter cuidado para não pegar fatos de uma parte do mundo e aplicar sem análise crítica em outras partes. Circuncisão masculina terá pouco impacto no risco de infecção por HIV entre meninos nascidos na Grã-Bretanha, onde o risco que adquirir o vírus em relações heterossexuais é baixo."
"Meninas podem ser vacinadas contra o HPV e protegidas do câncer do colo do útero, e preservativos protegem contra herpes", afirmou.

- Apesar de ser um método certamente duloroso deve compensar pois, o risco de contrair o cancro do colo do útero e as herpes será menor. ;D

HIV usa espécie de sinapse para se espalhar!

O vírus da aids utiliza um mecanismo parecido com as sinapses neuronais para saltar de uma célula imunológica a outra e, assim, se espalhar pelo corpo humano, de acordo com uma pesquisa de cientistas americanos. O estudo, realizado por cientistas da Mount Sinai School of Medicine, do National Science Foundation Center for Biophotonics Science and Technology e pela Universidade da Califórnia, foi publicado na revista Science.
Os pesquisadores afirmam que a descoberta poderia explicar por que o HIV tem tanto sucesso ao se propagar de uma célula a outra. Testes de laboratório demonstraram que a infecção célula a célula é muito mais eficaz que a realizada a partir de um vírus que ainda não invadiu uma célula.
Após empregar tinturas fluorescentes, os cientistas utilizaram microscopia em 3D para observar, em alta resolução, o mecanismo pelo qual o vírus passa de células imunológicas - linfócitos T - infectadas a outras saudáveis: as sinapses virais. Essas sinapses são conexões estabelecidas entre uma célula imunológica infectada e uma saudável.
Entre elas se forma um "botão" com proteínas virais através do qual os vírus viajam antes de infectar a célula saudável em questão de dias. Os pesquisadores explicam que estas conexões entre células são um alvo que futuros tratamentos e potenciais vacinas contra a aids devem atacar.

- A melhor maneira de este virus não se propagar é mesmo utlizar o preservativo! ;D

Fontes:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3661489-EI8147,00-HIV+usa+especie+de+sinapse+para+se+espalhar+diz+pesquisa.html

quarta-feira, 25 de março de 2009

Planta do tabaco pode ser fonte de medicamentos!

O tabaco é uma preocupante fonte de problemas de saúde em todo o mundo, mas uma equipe de pesquisadores europeus conseguiu obter substâncias terapêuticas da planta. Na revista BMC Biotechnology, os cientistas afirmam que modificaram geneticamente a planta do tabaco para produzir remédios úteis no tratamento de doenças auto-imunes e inflamatórias.

A equipe é liderada pelo professor da Universidade de Verona (Itália) Mario Pezzotti e membros do projeto Pharma-Planta. A planta transgênica, à qual se incorporou material genético de um vírus e de um rato, é capaz de produzir interleucina-10 biologicamente ativa, uma potente substância anti-inflamatória.

Os cientistas observaram que o vegetal é capaz de produzir níveis suficientemente altos da substância a ponto de possibilitar a utilização das folhas do tabaco sem a necessidade de submetê-las a processos de extração e purificação. "As plantas transgênicas (...) oferecem a possibilidade de produção de remédios em grande escala com baixos custos e poucas tarefas de manutenção", indica Pezzotti.

Agora, os pesquisadores administrarão as folhas da planta a ratos com doenças auto-imunes para analisar seu nível de eficácia. A equipe quer estudar se repetidas doses da planta, junto a antígenos também obtidos de tabaco transgênico, preveniriam o diabetes melito tipo 1.

O projeto Pharma-Planta é um consórcio de pesquisa integrado por diversas instituições e indústrias européias e sul-africanas, cujo objetivo é conseguir que as plantas produzam proteínas úteis na farmacologia.



- Apesar de haver desvantagens a cerca dos trangénicos, a verdade é que essas mudificações podem ajudar pessoas no tratamento de doenças auto-imunes e inflamatórias. ;D